Vasco da Gama de 1994 tri-campeão carioca
Em pé: Gato (roupeiro), Ricardo Rocha, Carlos Germano, Torres, Pimentel, França e Cássio
Agachados: Santana (massagista), Valdir, Leandro, William, Yan e Jardel
Crédito: www.crvascodagama.com
Em pé: Gato (roupeiro), Ricardo Rocha, Carlos Germano, Torres, Pimentel, França e Cássio
Agachados: Santana (massagista), Valdir, Leandro, William, Yan e Jardel
Crédito: www.crvascodagama.com
'Aposentado' das quatro linhas prematuramente há dois anos, Leandro Ávila, ex-volante de marcação implacável que fez sucesso na década de 1990, é mais um exemplo de atletas que foram obrigados a abreviar suas carreiras por conta de lesões.
"Passei por duas cirurgias de joelho, sendo que na última tive de reabri-lo para restaurar a cartilagem. Foram três aberturas. Infelizmente, acabei pegando uma infecção hospitalar. Tive febre, fiquei parado por algum tempo.
No entanto, enquanto vestiu as camisas de times tradicionais do Brasil, o jogador colecionou títulos. Gaúcho de nascimento, Leandro construiu a base de sua carreira no Rio de Janeiro, onde conseguiu uma marca respeitável:
"Conquistei dois tricampeonatos, um pelo Vasco da Gama e outro pelo Flamengo. Eu acho que não tem registro disso no futebol, dois tricampeonatos por times diferentes e ainda rivais, o que é mais curioso".
A experiência de atuar nos opostos foi facilitada pelo bom relacionamento com as torcidas, fato decorrente da doação durante as partidas: "Sempre tive uma boa relação com a torcida. O pessoal me respeitava muito. Eu procurava jogar para o time e a torcida reconhecia isso".
O "surgimento" de Leandro para o futebol aconteceu em 1992, no Vasco da Gama. Vindo do Dom Bosco, time que exportava jogadores para o eixo Rio-São Paulo, o ex-marcador chegou a São Januário. Lá, a conquista de uma Copa São Paulo de Futebol, em 1992, serviu de vitrine para os profissionais, com os quais levantou os Estaduais de 1992, 1993 e 1994. "Foi aí que a minha carreira decolou", garante.
Em 1995, Ávila participou da conquista mais significativa do Botafogo até os dias atuais. Ao lado de jogadores como Túlio, Sérgio Manoel, Wagner e Donizete, sagrou-se campeão brasileiro. As boas apresentações neste ano renderam ao volante algumas convocações à seleção brasileira, e a disputa de uma Copa América sob o comando de Zagallo.
Para encerrar o ciclo no Estado da Guanabara, Leandro ainda atuou por Fluminense e Flamengo. No time das Laranjeiras, experimentou um fato inédito na carreira, com o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. No clube da Gávea, outro tricampeonato, uma Copa Mercosul e uma Copa dos Campeões coroaram um de seus grandes momentos da carreira.
Ironicamente, foi justamente nesta fase de conquistas que a sua aposentadoria ganhou contornos mais delineados. Após uma passagem pelo Internacional, em 2002, que culminou com a conquista do título estadual, e três meses de experiência na Arábia Saudita, o jogador percebeu a gravidade da sua lesão."Em 2003 eu comecei a amadurecer a idéia de parar. Na volta da Arábia, fiquei muito tempo inativo, longe dos gramados. Com o currículo que eu tinha eu não consegui clube", lembra-se o jogador, que identifica o grande alicerce neste momento decisivo de sua vida.
"Eu reuni a minha família e tive muito apoio para parar, principalmente da minha esposa Luciana. Temos que nos preparar psicologicamente para não entrarmos em depressão. O jogador não agüenta parar bruscamente", diz o ex-atleta.
Em 2004, o jogador ainda atuou pelo Marília-SP, seu último clube. Contudo, Leandro sabia que a despedida do futebol seria efêmera.
Ficha do Ídolo
Leonardo Corona Ávilas
volante, 06/04/1971, Porto Alegre-RS
Pelo Vasco da Gama
1992 - 41 jogos e 2 gols
1993 - 58 jogos e 1 gol
1994 - 55 jogos e 1 gol
1995 - 30 jogos e 1 gol
1996 - 28 jogos e 0 gols
Total - 212 jogos e 5 gols
Fontes
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