21 dezembro 2010
A emoção de ver a Virada do Século
Há dez anos, no dia 20 de dezembro de 2000, vimos a maior virada da história do futebol brasileiro, talvez até do futebol mundial. O Vasco chegava à final da MERCOSUL para enfrentar o Palmeiras com status de favorito, mesmo jogando no Palestra Itália, estádio do adversário. Porém, com um primeiro tempo apático, fomos facilmente envolvidos e o 3 a 0 ficou até barato. Quando o juiz apitou o final da primeira etapa, pensei que sofreríamos com mais um vice-campeonato, ainda bem que a história dessa vez foi diferente...
Estava assistindo a partida na casa de rubro-negros, escutando todo tipo de piada possível, a cada gol que o Palmeiras fazia. Saí de lá e resolvi assistir o segundo tempo em casa, desacreditado que alguma coisa de diferente pudesse acontecer. Ainda bem que não dormi e fiquei para ver o melhor segundo tempo que uma equipe podia fazer. Com Viola em campo, o Vasco voltou com outra postura e partiu pra cima do Porco.
Depois do primeiro gol do Romário, que eu nem vibrei, continuava vendo incrédulo ao jogo. Mas daí veio outro pênalti e o segundo do baixinho. Pensei comigo: Será que dá? Em seguida, Junior Baiano foi expulso (aliás, o zagueiro fez de tudo para o Vasco perder essa decisão). Era o fim das nossas esperanças?
Quando pensei que não daria mais, veio o gol de Juninho Paulista, era o empate do Vascão, nessa altura com sabor de vitória, em uma partida que caminhava para um grande vexame. Juninho Pernambucano, nosso Reizinho, deu um carrinho na linha lateral e bateu forte no peito, que deixou a mim e milhares de vascaínos arrepiados (me arrepiei ao lembrar e escrever esse trecho).
Faltavam poucos minutos, apenas os acréscimos dados pelo árbitro, a decisão ia para os pênaltis. Porém, para fechar a virada histórica, em uma jogada iniciada por Viola e finalizada pelo baixinho, calamos o Parque Antártica. Milhares de vascaínos explodiram de alegria. Meu pai, um até então comedido vascaíno, deu um berro na janela, que até eu me assustei.
E aqueles flamenguistas que zombavam de mim no intervalo, inclusive com direito a hino do Palmeiras pela janela? Bom, eles tiveram o merecido troco. O hino do Vasco ecoou pela janela da minha casa e, não satisfeito, fui bater na casa deles com a camisa do Vasco e a festa ficou completa.
Queria terminar agradecendo a todos que participaram daquela memorável final, que ficará gravada para sempre na minha memória e será contada para meus filhos e netos no futuro...
Abraços e Saudações Vascaínas!!!!
Raphael Lamarca
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Esse jogo realmente vai ficar marcado na vida de qualquer vascaíno. Lembro-me de estar sentado na sala da minha casa, assistindo a partida com meu tio e meus primos, que também são vascaínos. Ao término do 1º tempo todos foram embora, desacreditados. Fiquei sozinho sentado na sala, assistindo o jogo, também sem esperanças. No 1º gol do Vasco eu não comemorei. No 2º eu pensei: "não vou comemorar, só vou comemorar se o Vasco virar a partida". No 3º gol eu ja estava com meu coração a mil, mas controlando meu ímpeto, repetindo que só iria comemorar se o Vasco virasse. Quando saiu o 4º gol aí toda as emoções vieram a tona. Um grito de felicidade misturado com alívio, um choro compulsório, e uma vibração que até hj me contagia só de lembrar. Foi um momento que jamais será esquecido. Dps fui pra rua chorando, gritando pelas ruas, mandando os flamenguistas "botarem a cara na janela". Saudade dessa época.
ResponderExcluirFeliz Natal e parabéns pela coluna.
Valeu Flavio!! Feliz Natal pra você tb!!
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