Por: lUCAS DE SOUSA
Em razão do pedido de convocação do referido Conselho realizado pelo ex-presidente do clube e aceito pelo atual presidente deste Conselho e marcado para o dia 16 de dezembro, venho prestar alguns esclarecimentos pela vice-presidência de Marketing e relembrar velhas informações talvez já esquecidas. O ex-presidente do clube quando apresentou publicamente uma correspondência da empresa Champs dirigida ao clube, ainda no tempo de sua fracassada administração, comprovou as denuncias que eu já fizera: a carta divulgada pelo ex-presidente não possui cópia nos arquivos do clube. Ele roubou esta carta como também outros documentos de dentro do clube. O ex-presidente do clube quando não levou adiante as negociações com a referida empresa o fez em detrimento do clube e em defesa dos seus interesses pessoais, protegendo o seu patrocinador de campanha política, a Reebok/Vulcabrás, que além da doação em dinheiro também patrocinou com material esportivo a sua campanha. Porque será que o patrocínio para o clube era tão baixo? O ex-presidente do clube logo após a posse da nova diretoria solicitou por três vezes reuniões com a atual diretoria. Na primeira ofereceu “ajuda” em troca da sua aprovação de contas, o que foi prontamente negado. Na segunda reunião apareceu com o documento anunciando a venda da nossa jovem promessa Phillipe Coutinho a Inter de Milão em data anterior a nossa posse. A seriedade deste negócio é do tamanho da seriedade do ex-presidente. Na terceira reunião apresentou um documento de confissão de dívida do clube para com o ex-vice-presidente de futebol no valor facial de mais de R$4 milhões, sem que nenhum documento comprovasse a constituição da dívida. Ou seja, a cada momento o ex-presidente tratou de defender os seus interesses, dos seus amigos e dos seus negócios, nunca o Vasco em primeiro lugar. Porque não entregou a referida carta proposta da Champs a nova diretoria em qualquer destas reuniões para que esta tomasse as providências negociais, em favor do clube? A diferença entre os contratos da antiga diretoria com a Reebok e este do novo Vasco com a Champs são incomparáveis: R$ 4,4 milhões assinados pelos que faliram o clube contra R$ 22 milhões contra quem trabalha para resgatá-lo (para o mesmo tempo de contrato). Quanto ao valor da proposta podemos afirmar que R$ 30 milhões para quatro anos de contrato (48 meses) é o mesmo que R$ 26,250 milhões para 42 meses de contrato, prazo que assinamos com a empresa. Somando-se a importância em dinheiro, R$ 22 milhões mais o valor do material esportivo em quatro anos (cem mil peças) R$ 6,2 milhões, chegamos a um valor de R$ 28,2 milhões. Quanto ao design dos novos uniformes, todos se atém ao artigo 7 do estatuto, no que respeita cores, colocação da cruz de malta e a diagonal da bandeira. Quero me solidarizar com a presidência deste Conselho nas suas preocupações em defesa do nosso clube e do nosso patrimônio, mas lembro da sua completa inoperância e subserviência ao não demonstrar a mesma preocupação quando o Senado Federal apurou na CPI do Futebol “...o saque de mais de R$20 milhões feito contra os cofres do clube...” realizado pelo ex-presidente. Lembro ainda as recomendações para aprovações de balanços fraudados. Lembro também os sucessivos rompimentos de contrato contra empresas de material esportivo realizados pelo ex-presidente que nos causam até hoje prejuízos em execuções como a da Penalty, no valor de R$ 8,7 milhões e processos de indenizações como o da Umbro no valor de R$ 2 milhões, sem contar as centenas de processos o clube é réu por causa de uma administração irresponsável. Nós vascaínos não vimos o presidente deste conselho, Sr Carlos Alberto Cavalheiro se levantar em defesa do clube contra estes golpes realizados pelo ex-presidente. Muito pelo contrário, continuamos a vê-lo em defesa de dívidas sem comprovação e em defesa de compadrios da sua antiga diretoria já exonerada pelos sócios. Como diz o ex-presidente Calçada, “..O Vasco deve estar unido...” mas para um Vasco forte quero dizer que esta nova união só poderá ser construída sem ditadores, sem saqueadores, estelionatários e seus seguidores.
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