25 agosto 2010

Documentário Vasco da Gama

PARTE 4

O Expresso da Vitória já fazia parte do passado, mas o Vasco continuava no caminho certo. De maio a julho, em uma série de jogos amistosos e outros valendo a Pequena Copa do Mundo, o Vasco enfrentou gigantes como Real Madri, Roma e Porto. Todos caíram e taça veio para o Rio de Janeiro. Foi esse o time que disputou o Carioca de 1956, time que tinha craques como Bellini, Pinga, Sabará e Walter. No banco o craque era o técnico Martim Francisco, que nem precisou disputar a final com o clube, pois não houve uma final, o título ficou garantido no jogo 2 x 1 em cima do Bangu.
Mais uma vez o Vasco iria fazer sua excursão pelo mundo. Foi e venceu todas. A primeira conquista foi o Torneio Internacional de Santiago no Chile, onde nove anos antes os vascaínos haviam sido os primeiros a levantar uma taça no Exterior. Depois, no Peru, era conquistado o Quadrangular de Lima. Na França, o Racing comemorava 50 anos de existência e promovia o Torneio de Paris. Mas quem fez a festa foi o Vasco ao faturar a disputa com uma goleada de 5 x 2 naquele que era considerado o melhor time do mundo: o Real Madri de Puskas e Cia. Foi a Espanha e trouxe para o Brasil a tradicional e cobiçada Teresa Herrera, que pela primeira vez era conquistada por uma equipe não-européia. Esse foi o saldo do maior ano do Vasco em terras estrangeiras, quatro títulos e vitórias esmagadoras sobre os melhores times do mundo: 3 x 1 no Real Madri, 5 x 2 no Benfica e 7 x 2 no Barcelona.
Em 1957, o Vasco teve um jogador ilustre – não para todos – e que em apenas três jogos, fez cinco gols com a camisa cruzmaltina: Pelé. Foi nesses jogos que ele se destacou e foi convocado para a Seleção.





O carioca mais disputado de todos os tempos, foi o se 1958. O Vasco chegara ao final da competição com o mesmo número de pontos de Botafogo e Flamengo e foi preciso um novo turno entre os três, o chamado supercampeonato. Novo empate de pontos. É a vez do supersupercampeonato, já em janeiro de 1959. Depois de tudo isso, o Vasco finalmente levantou a taça de campeão, depois de uma vitória sobre o Botafogo e um empate com o Flamengo.



A DÉCADA PERDIDA

Desde 1923, o Vasco foi um clube regular. Sempre ganhando, conquistando títulos, com um patrimônio inigualável e com muitos craques, mas foi na década de 60 que isso mudou. Devido a crises políticas e maus resultados do futebol, o Vasco se desesperava. Os craques não eram mais revelados, as campanhas eram vergonhosas. O patrimônio sofria e o esporte amador apenas sobrevivia. É a história de dirigentes e torcedores que muitas vezes não pensaram primordialmente no Vasco e sim em si mesmos. Vascaínos que pensaram em demasia em rixas pessoais com opositores políticos e o Vasco passou a ser apenas um detalhe. Vascaínos que colocaram o ego na frente do clube e que como resultado tiveram mais satisfação na derrota política do adversário do que na grandeza do clube.
Nesse tempo, o Vasco conquistou apenas uma Taça Guanabara em 1965 e o Rio-São Paulo de 1966, empatado com outros clubes, pois a competição foi interrompida para a disputa da Copa de 66. Essa conquista evitou um jejum mais prolongado, porém ainda é comum a torcida se referir aos “12 anos sem ganhar nada” se referindo ao período de 1958 a 1970.

Por hoje é isso.
Beijo, Saudações Vascaínas
Laís Eger

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