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O Clássico de milhões de inconstâncias

Domingo, pela 31° rodada do Brasileirão, ocorrerá mais uma vez o maior clássico do futebol brasileiro. Recheado de tradição e boas histórias, a disputa Vasco e Flamengo sempre representou o encontro de duas forças colossais que se chocam em campo, a qual, a expressão de sua explosão é a euforia da torcida.

Sempre palco de grandes confrontos individuais, o clássico externa o desejo da glória de ambas torcidas. A imagem que hoje existe dessas duas frentes, não é tal qual suas situações nesta temporada.

Ao longo do ano, O Gigante e a Mulambada não foram tão felizes quanto desejavam. Campeão do ano passado, o Flamengo se segura pela permanência na série A, aspirando de longe uma vaga na Sul-americana. O Vasco por sua vez, obteve uma trajetória de crescimento, começando mediocremente o campeonato brasileiro, passando por uma inter-temporada duvidosa e mantendo-se sem grandes irregularidades até a chegada dos reforços. Esta nova cara vascaína permitiu ao seu torcedor sonhar, principalmente, com a Libertadores. Este sonho, por sua vez, não se concretizou e a cada rodada mostra-se mais distante. Do lado Rubro Negro podemos ressaltar os desequilíbrios que caracterizaram sua volta pós-copa do mundo e returno. Suas contratações não foram simplesmente medíocres, beiraram o catastrófico. De todas, devemos destacar a covarde reinvestida de Luxemburgo em outro projeto, que ao que tudo indica, começa a colher frutos. E este é o perigo ao Gigante da Colina.

Vasco e Flamengo se enfrentam sempre em clima de decisão, independente da situação na tabela dos dois times, o espetáculo é garantido. Os jogadores se mostram mais cautelosos, a rivalidade entre a torcida aumenta e as tensões começam a se figurar. Neste instante que devemos nos alertar sobre os excessos que podem ser cometidos em campo e fora dele. No último confronto, uma onda de violência marcou o clássico. Várias brigas menores em diversas partes do Brasil e até casos de tentativa de assassinato dominaram as manchetes.

Mas se por um lado existe o confronto horrível entre torcedores, por outro, podemos esperar belos confrontos em campo! Prass e Lomba, Felipe Bastos e Diogo, Felipe e Renato, Fagner e Leo Moura, Dedé e Williams, PC Gusmão e Luxemburgo... Enfim, diversos são os exemplos. Acho que devemos ter claro em nossas mentes que, a situação dos times no campeonato, não será a mesma da situação dos times neste clássico. A torcida espera por este jogo o ano inteiro, e esperamos que o trio vascaíno nos proporcione mais alegrias que no último confronto. Eu diria até, que não gostaria de ver Dedé, Prass e a defesa como um todo brilharem, gostaria que ficasse em nossas mentes apenas um sentimento de “Fizeram bem a sua parte”. Agora entrosados, (Éder Luis, Felipe e Zé Roberto) esse não é um desejo inimaginável.

O “Clássico dos Milhões” tão valorizado pelo torcedor e pela mídia não terá relevância na tabela como um todo, não definirá a situação de ninguém e não atrapalhará a trajetória de nenhum dos dois clubes. Uma vitória, mais que aproximar da Libertadores, aproxima o torcedor ao seu desejo: vitória na disputa eterna. Mas esta disputa reside no coração, e em terras cruzmaltinas O Sentimento Não Para!

Ps: Sinto-me muito feliz pela oportunidade de levar minha opinião aos demais. Abro minha participação neste Blog antes do maior clássico brasileiro e não poderia deixar de falar sobre o tema, porém, tentarei não ficar prezo muito ao momento, mas ao sentimento. Só tenho agradecer ao blog e aos leitores. Boa tarde!