30 julho 2011

A disputa sem fim


Dizem por aí que não existe titular absoluto no Clube de Regatas Vasco da Gama. O bode expiatório atualmente para torcida e comissão técnica chama-se Diego Souza. Claro que não podemos esquecer a segunda fuga de responsabilidade: Alecsandro. É mais fácil cobrar futebol deles que analisar racionalmente a situação, por isso chamo de fuga de responsabilidade. Ter jogadores que chamam o poder de decisão para si é muito bom, mas ao que tudo indica, na colina, isto é um peso quase insustentável.

Foi por uma crise dessas que ainda esse ano perdemos Carlos Alberto (que definitivamente não está fazendo falta) e quase também demos adeus a Felipe. Dentro deste contexto devemos nos perguntar: Existe individualidade comprometendo o desempenho ou o problema está em um conjunto inferior aos rivais? Esta é uma pergunta dura, que fere a alma, sangra a própria carne. Se por um lado não queremos admitir que um grupo por completo não tem demonstrado todo seu potencial, não queremos também acreditar que este mesmo grupo esteja abaixo das outras equipes brasileiras.

E não é de hoje que o Vasco vive de "vontade". Atlético Paranaense, Avaí e Coritiba jogaram a Copa do Brasil encostados no trem bala da colina. Por mais que desejemos acreditar na superioridade Vascaína, naquele momento, estava tudo bastante equilibrado, mas o passado que fique para trás, vamos pensar na situação atual. O time se fortificou? No papel sim. O desempenho no campo tem sido aquém do desejado pela diretoria e torcida, uma sequência de três vitórias foi bem animador, mas um empate com o Bahia dentro do Caldeirão, foi praticamente uma derrota...

A reflexão que deveria ser feita não é em relação a atuação de "titulares". E sim sobre a regularidade da equipe. Bernardo mostrou-se uma concorrência ferrenha para Diego Souza, mas quando ganhou a chance da titularidade não correspondeu. Élton é a bola da vez! Gritam muito seu nome na arquibancada como se fosse uma espécie de novo Dinamite e é nítida a superioridade técnica de Alecsandro sobre ele. Não adianta querermos tapar o sol com a peneira. Muitas vezes, jogando em casa e melhor, podemos perder. Isso é algo admissível! O time nem chegou a perder e já falavam por aí em "crise" nos ombros de Ricardo Gomes, isso faz sentido? Claro que não! Juninho errou algumas cobranças de falta e já começam a duvidar do seu potencial. Vale lembrar que foi o jogador que em sua estréia, no terceiro toque na bola fez um gol.

O recado que aqui tento transmitir é algo simples: O Vasco não joga sozinho em campo! Sempre existe um adversário que merece respeito . Muitas vezes se as coisas não acontecem, não é necessariamente por incompetência do time, mas também pelo mérito da outra equipe. Contestar jogador, vaiar, xingar técnico de burro e gritar por jogador reserva inferior é no mínimo degradante. O time tem que ser apoiado integralmente, problemas familiares são resolvidos em casa e não na presença de visitantes. Cobrar? Sempre! Criar crises? Jamais!

A verdade é uma só: a maior disputa de nosso time é contra sua própria torcida, desacreditada, mesmo com toda a prova de dedicação que o time anda dando, excede seu papel e em muitos momentos, por cobranças inocentes, mais atrapalha que ajuda, foi o caso contra o Bahia, onde, na obrigação de vencer, o time se permitiu uma abertura tão grande que levou um gol nos minutos iniciais.

Arnaldo Rocha

2 comentários:

  1. Seu Blog é show de bola, tbm sou vascaíno e sempre estarei por aqui.

    Abraço

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  2. Muito obrigado. A equipe tenta fazer de tudo para agradar os leitores. Esperamos que volte e que continue participando.

    Abraço.

    Ps: SEu blog tá show.

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