Crédito: www.netvasco.com.br/mauroprais
Em 1991, num jogo preliminar de juniores contra o Botafogo, o camisa 16 do Vasco driblou meio time adversário, deixou o goleiro para trás e marcou um golaço. Um jornalista que acompanhou o jogo fez rasgados elogios ao garoto na edição do dia seguinte. Assim nascia Edmundo para o futebol, um atacante abusado, corajoso, polemico e extremamente habilidoso.
De certa forma, aquela foi uma vingança. Edmundo começou a carreira nas divisões de base do Botafogo, mas acabou expulso do clube por andar nu na concentração dos juniores. O Vasco o acolheu e aqui ele explodiu, disputando um grande Campeonato Brasileiro em 1992.
Em 1997 viveu a melhor fase da sua carreira: carregou o time nas costas na conquista do Campeonato Brasileiro de 1997 e quebrou dois recordes do torneio: o de maior número de gols marcados por um jogador na mesma partida (Fez seis na goleada por 6 x 1 sobre o União São João) e o de maior artilheiro da competição.
Temperamental e fora-de-série, até em outros times, foi sempre vascaíno. Perdeu pênaltis jogando contra o Vasco por Santos, Cruzeiro e quando esteve no Flamengo esculhambou o centenário adversário. Por isso, foi perdoado pela heresia de vestir aquele uniforme. Na sua terceira passagem pelo Vasco, na Copa do Brasil de 2000, Edmundo dividiu forte com o goleiro Zetti, do Fluminense, levou seis pontos na cabeça, mas não saiu de campo. Com uma bandagem improvisada, bem representou o clube até o apito final. Puro amor à camisa.
Em 2003, após dar várias entrevistas dizendo que queria retornar ao Vasco foi novamente contratado pelo clube. Mas após reclamar por diversas vezes da qualidade do elenco e dos salários atrasados saiu do Vasco no fim do ano.
Após rodar por vários clubes retornou ao Vasco, em uma negociação demorada o jogador aceitou reduzir pela metade o valor que cobrava de remunerações não pagas em uma ação judicial que movia contra o clube. Na sua apresentação voltou a fazer juras de amor ao Vasco e prometeu encerrar a carreira no clube. Infelizmente, a última partida de um dos nossos maiores ídolos, foi no dia mais triste da história vascaína. O descenso para a Série B.
Isso em nada diminuiu o carinho e o amor que a torcida nutre pelo Animal, mesmo após uma dor tão grande a mesma ainda conseguiu se despedir do ídolo que estava aos prantos e queria apenas se isolar no vestiário.
Edmundo e o Vasco, um caso de amor com diversos capítulos e vários recomeços.
Além de craque, uma fera; além de fera, vascaíno de corpo e alma.
Ficha do Craque
Nome: Edmundo Alves de Souza Neto
Apelido: Bacalhau
Nascimento: 02/04/1971 - Niterói/RJ
Posição: Atacante
Características: Habilidade, Drible, Garra e Velocidade
Clubes
1990-1992: Vasco da Gama-RJ
1993-1995: Palmeiras-SP
1995: Flamengo-RJ
1996: Corinthians-SP
1996-1997: Vasco da Gama-RJ
1997-1999: Fiorentina - Itália
1999-2000: Vasco da Gama-RJ
2000: Santos FC-SP
2001: Napoli - Itália
2001: Cruzeiro-MG
2002: Tokyo Verdy - Japão
2003: Urawa Red Diamonds - Japão
2003-12/01/2004: Vasco de Gama-RJ
13/01/2004-12/2004: Fluminense-RJ
06/05/2005-30/05/2005: Nova Iguaçu-RJ
31/05/2005-06/12/2005: Figueirense-SC
07/12/2005-20/01/2008: Palmeiras-SP
21/01/2008-2008: Vasco da Gama-RJ
Títulos
Campeonato Paulista: 1993, 1994
Campeonato Carioca: 1992
Campeonato Brasileiro: 1993, 1994, 1997
Torneio Rio - São Paulo: 1993
Copa Stanley Rous: 1995
Copa América: 1997
Copa Rio de Janeiro: 1999
Copa Guanabara: 2000
Torneio Amizade: 1991
Troféu Ramon de Carranza: 1996
Troféu Bortolotti: 1997
Títulos pessoais
Bola de prata brasileira (Placar): 1993
Bola de ouro brasileira (Placar): 1997
Melhor artilheiro do campeonato brasileiro: 1997 / 29 gols
Fontes
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ResponderExcluirótimo post sobre o Edmundo, parabéns Jorge, Animal concerteza sempre estará no coração da torcida vascaina, fez muito pelo Gigante, pena por non ter estado na conquista da libertadores em 98, iria acrescentar mt na sua carreira.
ResponderExcluirEdmundo nunca deixará de ser ídolo...
ResponderExcluirEdmundo eterno