27 agosto 2010

Documentário Vasco da Gama

PARTE 5
Após 12 anos, o Vasco voltou a ser Campeão Carioca. O time do estrategista Tim era famoso por sua regularidade e disciplina tática. Sem grandes estrelas, apostava no conjunto e no habilidoso atacante Silva para alcançar as vitórias. Na final antecipada, a torcida finalmente pode soltar o grito de campeão, entalado na garganta a tanto tempo. Ninguém merecia aquele título mais do que o Vasco, que mesmo em crise, era considerado um fenômeno e lotava o Maracanã a cada jogo.




Em 1969, Roberto de Oliveira foi chamado para a base vascaína. Dois anos depois, em uma partida contra o Internacional (RS) o juvenil Roberto entraria no lugar de Gílson Nunes e aos 27 do segundo tempo balançaria as redes. No dia seguinte, o Jornal dos Sports estamparia: “Garoto-Dinamite Explodiu”. Nascia um novo ídolo vascaíno, o maior de todos: Roberto Dinamite.
Foi como azarão que o Vasco chegou no quadrangular final do Brasileiro de 1974. Enfrentaria times como o Santos de Pelé, o Cruzeiro de Dirceu e o Internacional de Falcão. Nesse cenário a equipe de São Januário era considerada um figurante no meio dos grandes favoritos. A década de 70 foi uma época de superação para o Vasco, onde times sem grande técnica, mas com muita garra e entrosamento, superariam obstáculos tidos como instransponíveis. E o Brasileiro de 1974 foi o maior deles. Foi jogando na base da vontade, que o Vasco venceu os clubes que eram tidos como favoritos. O ultimo deles foi o Cruzeiro, e então, o maior título do ano vinha pra São Januário. Foi ai que se iniciou uma série de Brasileiros.
Barreira do Inferno: assim era chamada a defesa cruzmaltina no estadual de 1977. Com Mazaropi no gol e Orlando Lelé, Abel, Geraldo e Marco Antonio na linha o Vasco se tornou invencível. E claro, o Vasco ficou campeão de 1977. O esquadrão de Orlando Fantoni fez 69 gols e tomou cinco, sofrendo apenas uma derrota. Na final, a vitória em uma decisão por pênaltis contra o Flamengo foi a melhor parte do grande ano vascaíno.


Roberto fazendo o gol do título vascaíno

Entre 1977 e 1978, o Vasco conseguiu uma façanha inédita: foram 1816 minutos sem tomar gol, recorde que até hoje não foi superado por nenhum goleiro no mundo.
Além do clube de façanhas, craques e superações, o Vasco era o clube dos artilheiros. No dia 10 de novembro de 1982, o clube consagrou mais um grande artilheiro: Roberto Dinamite, o primeiro jogador vascaíno a atingir a marca de 500 gols na carreira, a imensa maioria deles com a camisa vascaína. Até o fim de sua carreira, Dinamite ainda conseguiu mais alguns feitos na história: é o maior artilheiro da história do Vasco, do Campeonato Brasileiro e do Campeonato estadual, além de ser o quinto maior artilheiro de toda a história do futebol.
No estadual de 1982, o Vasco mais uma vez aparecia como um dos fracos, e os rubro-negros já davam como certa a conquista do campeonato. Foi então que o técnico Antonio Lopes barrou metade do time e o Vasco era novamente campeão estadual, 1 x 0 na final, gol de Marquinhos. O treinador então iniciava sua trajetória no comando vascaíno e que anos mais tarde se consagraria como o mais vitorioso treinador da história do Vasco.
As eleições de 1985 foram muito disputadas até o fim, e Antônio Soares Calçada venceu e chamou para a vice-presidência o seu opositor Eurico Miranda – hoje, odiado por muitos – e dava-se inicio então a Era Calçada-Eurico.
O time de 1987 era um timaço novamente. Era um time de estrelas, de Roberto e Romário, chamada carinhosamente de dupla “Rô-Rô”, de Dunga, Mauricinho e Geovani, e do ex-rubro-negro Tita, que acabaria fazendo o gol do título. Unidaos, eles trouxeram para São Januário mais um Estadual.
Em 1988 veio o Bi-estadual, que deu novamente destaque a Romário e Geovani, mas que também abriu caminho para a nova geração de Bismarck e Sorato, mas foi o reserva Cocada que marcou a conquista. Entrou nos minutos finais do jogo, fez o gol do título em cima do Flamengo e depois, foi expulso ao protagonizar uma das maiores brigas já ocorridas no Maracanã. Assim, ele entrou pra história do Vasco e do Campeonato Carioca.
Logo depois, em 1989, o Vasco voltou a Europa novamente, pra buscar, pela terceira vez seguida, o Troféu Ramon de Carranza, que era uma das mais prestigiadas competições européias. Esse também foi o ultimo ano em que o Vasco teve sua participação na competição.

Troféus ganhos na competição.

Amanhã posto mais!

Beijos, Saudações Vascaínas.
Laís Eger

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