Luciano, Artur, Washington, Marlone e Andrey: as apostas do meio
Nesta entresafra de futebol, tive a oportunidade de ver os dois primeiros jogos da equipe de juniores do nosso Vascão. Poderia parecer para qualquer um que se trata da opinião de um torcedor apaixonado que não separa a paixão da razão. Mas me conforta muito saber que os comentários feitos pelos profissionais que participam das transmissões ratificam, e muito, as minhas impressões.
Em resumo, preparem-se torcedores para ver o resultado dessa equipe a partir de 2012. Isso se o PC Gusmão não se vir tentado a lançar alguns já em 2011, principalmente no segundo semestre quando disputaremos Campeonato Brasileiro e Sulamericana.
Mas vamos ao time.
Primeiramente a qualidade do time como equipe já salta aos olhos. Podemos ver que os jogadores sabem o que fazer com a bola. As jogadas são construídas com inteligência. O posicionamento está quase perfeito. Peca ainda naquele “último passe”. Mas isso é algo que acontece até com as principais equipes profissionais do brasileirão. É verdade que os dois primeiros adversários foram bem inferiores tecnicamente ao Vasco, mas os próprios comentaristas o compararam com as atuações de outros grandes (Santos, São Paulo e Palmeiras) e elegeram o Vasco como aquele com as melhores apresentações.
Willen comemorando um de seus gols: belo atacante
Depois, no aspecto individual. Em todos os setores — excluo o goleiro por não ter havido oportunidade suficiente para mostrar serviço — percebe-se valores promissores. Na defesa a zaga é de boa estatura, técnica e firme, e destaco a qualidade técnica do Luan. Nas laterais temos o Heitor que mostra destaque nas assistências, especialmente nos cruzamentos, e o Diogo que já foi utilizado em algumas emergências pelo PC Gusmão. No meio, pra mim, o grande destaque. Um volante excelente, Elivelton, de vigor físico e técnica apurada se destaca também na qualidade dos passes, inclusive nas viradas de jogo e um ótimo posicionamento na proteção aos zagueiros. Uma dupla maravilhosa de meias, Artur e Marlone (que promessas!), que exibe qualidade técnica, rapidez, agilidade e brilhante capacidade de criar jogadas e puxar contra-ataques. Junto deles, como quarto-homem, temos o Washington que também mostra muita rapidez ao trabalhar as jogadas e com qualidade técnica. Não posso esquecer de mencionar sobre o Luciano que entrou aos 15 minutos do segundo tempo contra o Linense e no lugar do Marlone e demonstrou, além da qualidade técnica, conhecimento profundo daqueles metros quadrados da esquerda do ataque, inclusive resultando num belíssimo gol (o sétimo contra o Linense). No ataque, Willen mostra muita segurança, atitude e frieza de atacante com variação dos recursos técnicos, mostrando ser uma boa promessa.
Marlone: tem tudo nas mãos (ou nos pés) e só depende dele
Pena que ainda não vi o Andrey que além de ser uma aposta do Galdino como um dos destaques do meio campo também é filho do nosso grande craque dos anos 80, talvez nosso primeiro “reizinho da colina”, Geovani.
E, claro, não posso esquecer: mesmo se tratando do filho do nosso presidente, Rodrigo Dinamite, e entrando aos 20 minutos do segundo tempo nas duas partidas, demonstrou qualidades e potencial que o credenciam a mais uma grande promessa. Tomara que chegue perto do que foi o pai e já terá valido a pena. Mas ele ainda vai ter que batalhar muito, porque a briga pra ser titular desse time é muito boa e não vai ser fácil.
Enfim, anotem e preparem-se para não dizer no futuro “de onde saiu esse cara tão bom?”. O aviso está aqui.
E quanto à Copa SP de Juniores, o nosso Vascão é sério candidato ao título. Esse comentário não é meu e sim dos profissionais que transmitiram os jogos. E para dar água na boca é bom que não esqueçamos que a equipe que conquistou essa mesma copa em 92 esteve quase toda presente no time profissional que conquistou o tri carioca em 94 — Valdir, Pimentel, Tinho, Hernande para citar alguns apenas.
Vale aqui, também, outra lembrança: em 81, na época em que os jogos de juniores seguiam a mesma tabela dos profissionais (como era bom) e proporcionavam sempre uma preliminar com os mesmos times do jogo de profissionais, acabávamos conhecendo o futuro que estava surgindo. Com isso, a torcida do Vasco, naquele ano, passou a admirar tanto o time da garotada, com seu futebol alegre e habilidoso, que eu mesmo fui um dos milhares de torcedores que compareceram à Moça Bonita pra assistir a final do carioca de juniores (não era preliminar e sim o jogo principal, único), peguei chuva todo o segundo tempo e ainda tinha próximo de mim o então goleiro Acácio que esteve lá, em pé na arquibancada (e também pegou chuva), pra dar sua força. Era um belo time. Acabou campeão, mas tristemente nenhum de seus jogadores vingou no time profissional.
Mas o passado serve para corrigirmos os erros, melhorarmos os acertos e tirar proveito do que estamos fazendo visando ao futuro. Feliz 2012, vascaínos!!
Tenham um bom dia.
“Todo vascaíno tem amor infinito”
J. K. Dimas
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